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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Faz de mim um homem louco

dá-me o teu corpo
entregue aos sentidos
deixa-me ser um leve sopro
nos teus seios pervertidos
um amante descontrolado
em anseio no prazer unido

dá-mo assim calado
aconchega essa nudez
ao elucido gemido
da minha insana insensatez

ternura faminta indiferente
à alma vertida em pudor
que se despe indecentemente
aos sinais lúbricos do calor

como é carente
este sentimento insaciável
intensos segredos da mente
de extrema violência incansável
grito e outro grito vibrante
tomam o teu corpo violável
é neste instante inconstante
em que eu peço o teu corpo

só por pouco, muito pouco,
faz de mim um homem louco

(Jorge Oliveira)

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